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  (linha 19)

João Garcia de Guilhade


- Senhor, veedes-me morrer      ←
desejando o vosso bem,      ←
e vós nom dades por en rem,      ←
 nem vos queredes en doer!      ←
5- Meu amig', enquant'eu viver,      ←
       nunca vos eu farei amor      ←
       per que faça o meu peior.      ←
  
- Mia senhor, por Deus que vos fez,      ←
que me nom leixedes assi      ←
10morrer, e vós faredes i      ←
 gram mesura, com mui bom prez!      ←
- Direi-vo-lo, amig', outra vez:      ←
       nunca vos eu farei amor      ←
       per que faça o meu peior.       ←
  
15- Mia senhor, que Deus vos perdom!,      ←
nembre-vos quant'afã levei      ←
por vós! Ca por vós morrerei;      ←
e forçad'esse coraçom!      ←
- Meu amig', ar direi que nom:      ←
20       nunca vos eu farei amor      ←
       per que faça o meu peior.       ←



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Nota geral:

Nesta cantiga dialogada, o trovador pede repetidamente à sua senhora para ser clemente com o seu sofrimento, acedendo a conceder-lhe os seus favores, obtendo sempre como resposta que ela jamais fará algo que a prejudique.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão, Dialogada
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

A 230, B 420, V 31/32

Cancioneiro da Ajuda - A 230

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 420

Cancioneiro da Vaticana - V 31/32


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas