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  (linha 9)

Fernão Gonçalves de Seabra


Des que vos eu vi, mia senhor, me vem      ←
o mui grand'afã e o muito mal      ←
 que hei por vós; pero direi-vos al:      ←
 ante que vos eu visse, doutra rem      ←
5       sei que nom vira tamanho prazer      ←
       como vej'ora [de] vos veer!      ←
  
Des que vos [eu] vi, sei que a maior      ←
coita do mund'est a que por vós hei;      ←
 pero avém-mi o que vos ar direi:      ←
10ante que vos eu visse, mia senhor,      ←
       sei que nom vira tamanho prazer      ←
       como vej'ora [de] vos veer!      ←
  
Des que vos eu vi, mia senhor, me deu      ←
gram coita Deus, cada que vos nom vi,      ←
15e gram pesar; mas pero que mi assi      ←
de vós avém, ante que vos viss'eu,      ←
       sei que nom vira tamanho prazer      ←
       como vej'ora [de] vos veer!      ←
  
E desejand'eu aqueste prazer,      ←
20des que vos nom vir, me fará morrer!      ←



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Nota geral:

Se por ela sofre grandes males, o trovador garante à sua senhora que nenhum prazer que tenha tido anteriormente se pode comparar ao que tem agora ao vê-la.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

A 215

Cancioneiro da Ajuda - A 215


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas