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  (linha 16)

Fernão Fernandes Cogominho


Quem me vir e quem m[e] oir      ←
que algũa molher amar,      ←
nom se váa dela quitar!      ←
Ca, pois que se dela partir,      ←
5sei eu mui bem que lhi verrá      ←
 coita que par nom haverá,      ←
des que se longi dela vir!       ←
  
E se m'ende alguém pedir      ←
aconselho, per bõa fé,      ←
10direi-lh'eu quam gram coita é.      ←
Pero quem s'en quiser sair,      ←
será já quite d'ũa rem:      ←
 d'u a nom vir, de veer bem,      ←
e quite de nunca dormir!      ←
  
15E esto sei eu bem per mi,      ←
ca vo-lo nom digo por al,      ←
mais porque sei eu já o mal      ←
 que vem end'a quem vai-x'assi;      ←
ca muitas vezes perdi [sem      ←
20e perdi sono e perdi bem]      ←
cativo!, porque m'eu parti.      ←



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Nota geral:

O trovador aconselha todos os apaixonados a nunca se afastarem das suas senhoras, sob o risco de sofrerem uma dor imensa, de perderem o gosto pela vida e de nunca mais conseguirem dormir. E garante que o diz por experiência própria.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Mestria
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 363

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 363


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas