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  (linha 3)

Vasco Gil


Se vos eu ousasse, senhor,      ←
no mal que por vós hei, falar,      ←
 des que vos vi, a meu cuidar,      ←
 pois fôssedes en sabedor,      ←
5       doer-vos-íades de mi.      ←
  
E porque nunca estes meus      ←
olhos fazem senom chorar      ←
u vos nom veem, com pesar,      ←
se o soubéssedes, por Deus,      ←
10       doer-vos-íades de mi.      ←
  
Com'e quanto meu coraçom,      ←
senom em vós, d'em al coidar,      ←
se vo-l'eu ousasse mostrar,      ←
 por mesur'e por al nom,      ←
15       doer-vos-íades de mi.      ←
  
Mais nom vos faç'eu [rem] saber      ←
de quanto mal me faz Amor      ←
por vós, ca m'hei de vós pavor;      ←
ca, se vo-l'ousasse dizer,      ←
20       doer-vos-íades de mi.      ←



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Nota geral:

O trovador está certo de que, se ousasse confessar as suas mágoas de amor à sua senhora, ela teria piedade dele. Mas não ousa fazê-lo, com o pavor que sente dela.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

A 148, B 271

Cancioneiro da Ajuda - A 148

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 271


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas