Afonso XI

Rubrica:

El rei D. Afonso de Castela e Leon, que venceu el rei de Belamarim com o poder d’Aalém-Mar a par de Tarifa


En um tiempo cogi flores
del mui nobre paraiso
cuitado de mis amores
e del su fremoso riso.
5E sempre vivo en dolor
e ya lo non puedo sofrir,
mais mi valria la muerte
que [e]n el mundo viver.
       Yo cum cuidado d'amores
10       volo vengo ya dizer:
       que é daquesta mi senhora
       que mucho desejo a ver?
  
En el tiempo en que solia
yo coger daquestas flores,
15d'al cu[i]dado non avia
des que vi lo[s] sus amores;
e non se per qual ventura
me vino a defalir
si lo fiz[o] el mi pecado,
20si lo fizo el maldizer.
       Yo cum cuidado d'amores
       volo vengo já dizer:
       que é daquesta mi senhora
       que mucho desejo a ver?
  
25No creades, mi senhora,
el maldizer de las gentes,
ca la muerte m'es lhegada
si en elo parardes mientes.
Ay, senhora, nobre rosa!
30Merced vos vengo pidir:
avede de mi dolor
e no'me dexedes morir.
       Yo cum cu[i]dado d'amores
       volo vengo já dizer:
35       que é daquesta mi senhora
       que mucho desejo a ver?
  
"Yo soy la flor d[e l]as flores
de que tu coger solias.
Cuitado de mis amores,
40bien se lo que tu querias!
Dio[s] lo [há] puest[o] por tal guisa
que te lo pueda fazer,
ant'yo queria mi muerte
que te asi dejar morir".
45       Yo cum cu[i]dado d'amores
       volo vengo já dizer:
       que é daquesta mi senhora
       que mucho desejo a ver?



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Nota geral:

Cantiga tardia, escrita já em castelhano, embora com muitas formas híbridas (que se podem ficar a dever, aliás, a erros do copista). Muito possivelmente a composição tem como contexto os públicos amores entre Afonso XI e a sua favorita, Leonor de Guzmán.



Nota geral


Descrição

Espúria
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 607, V 209
(C 607)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 607

Cancioneiro da Vaticana - V 209


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas