Toponímia referida na cantiga:
  (linha 9)

Pero da Ponte


Quem seu parente vendia,      ←
todo por fazer tesouro,      ←
se xe foss'em corredura      ←
e podesse prender mouro,      ←
 5       tenho que x'o venderia      ←
       quem seu parente vendia.      ←
  
Quem seu parente vendia,      ←
bem fidalg'e seu sobrinho,      ←
se tevess'em Santiago      ←
10bõa adega de vinho,      ←
       tenho que x'o venderia,      ←
       quem seu parente vendia.      ←
  
Quem seu parente vendia,      ←
polo poerem no pao,      ←
15se pam sobrepost'houvesse,      ←
e lhi chegass'ano mao,      ←
       tenho que x'o venderia,      ←
       quem seu parente vendia.      ←
  
Quem seu parente vendia,      ←
20mui fidalg'e mui loução,      ←
se cavalo sop'houvesse      ←
e lho comprassem por são,      ←
       tenho que x'o venderia,      ←
       quem seu parente vendia.      ←



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Nota geral:

Sátira a um fidalgo velhaco e ganancioso que não hesita em vender a própria família para entesourar riqueza. A cantiga foi certamente composta num contexto particular que desconhecemos, o que torna muitas das suas referências difíceis de entender. Pelo que se depreende, tratar-se-ia de um rico-homem galego, que teria entregue o seu sobrinho à justiça (para ser enforcado) em troco de uma recompensa.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Refrão
Cobras singulares
Palavra perduda: v. 3 de cada estrofe
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1648, V 1182

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1648

Cancioneiro da Vaticana - V 1182


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas