Antroponímia referida na cantiga:
  (linha 1)

Afonso Mendes de Besteiros


  Dom Foão, que eu sei que há preço de livão,      ←
vedes que fez ena guerra - daquesto sõo certão:      ←
  sol que viu os genetes, come boi que fer tavão,      ←
       sacudiu-se [e] revolveu-se, al-      ←
 5       çou rab'e foi sa via a Portugal.      ←
  
Dom Foão, que eu sei que há preço de ligeiro,      ←
vedes que fez ena guerra - daquesto som verdadeiro:      ←
sol que viu os genetes, come bezerro tenreiro,      ←
       sacudiu-se [e] revolveu-se, al-      ←
10       çou rab'e foi sa via a Portugal.      ←
  
Dom Foão, que eu sei que há prez de liveldade,      ←
vedes que fez [e]na guerra - sabede-o por verdade:      ←
sol que viu os genetes, come cam que sal de grade,      ←
       sacudiu-se [e] revolveu-se, al-      ←
15       çou rab'e foi sa via a Portugal.      ←



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Nota geral:

Mais uma expressiva cantiga sobre o comportamento dos ricos-homens nos campos de guerra da Andaluzia. Neste caso, ao que tudo indica, o satirizado é um português, em fuga face aos cavaleiros muçulmanos (os temíveis genetes africanos). Às três expressivas comparações retiradas do mundo rural desenvolvidas nas estrofes, junta-se um original refrão em que a palavra alçou aparece partida ao meio, para efeitos de rima.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1558

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1558


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas