Toponímia referida na cantiga:
  (linha 28)

Fernão Soares de Quinhones


Contar-vos-ei costumes e feituras      ←
 d'um cavalo que traj'um infançom:      ←
há pees moles e as sedas duras      ←
e tem'o freo e esporas nom;      ←
5é velh'e sesgo nas aguilhaduras;      ←
e nom encalçaria um leitom,      ←
e encalçaria mil ferraduras.      ←
  
 De dia empeça bem: com'a escura[s],      ←
 nom s'alevant'ergo su o bardom;      ←
10nom corre senom pelas mataduras,      ←
nem traz caal, se enas unhas nom,       ←
 u trage mais de cem canterladuras;      ←
e as sas reens sempre magras som,       ←
mais nas queixadas há fortes grossuras.      ←
  
15E quando lhi deitam as armaduras,      ←
log'el faz contenente de forom;      ←
 e, se move, tremem-lh'as conjunturas      ←
come doente de longa sazom;      ←
há muit'espessas as augaduras,      ←
20e usa mal, se nos geolhos nom,      ←
em que trage grandes esfoladuras.      ←
  
Nom vos contarei mais eu sas feituras,      ←
mais, com'eu creo no meu coraçom,      ←
quem x'em gram guerra andass'a loucuras,      ←
25em feúza daqueste cavalom,      ←
falecer-lh'-ia el nas queixaduras;      ←
 e, ena paz, nom ar sei eu cochom      ←
que o quisesse trager nas Esturas.      ←



 ----- Aumentar letra ----- Diminuir letra

Nota geral:

Sátira a um infanção através da descrição detalhada do seu cavalo miserável. A cantiga está em muito mau estado no manuscrito, o que torna a sua leitura difícil em muitos passos.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Mestria
Cobras uníssonas
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1556

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1556


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas