Antroponímia referida na cantiga:
  (linha 1)

Fernão Soares de Quinhones


Dom Guilhelm'e Dom Adam e Dom Miguel Carriço,      ←
pela porta da igreja, que saiu do quiço,      ←
       irado'los há el-rei.      ←
  
Eles nunca, pois nacerom, forom pegureiros;      ←
5mas, por um home d'Estorga que perdeu carneiros,      ←
       irado'los há el-rei.      ←
  
Deitou um frad'a pacer sas bestas que comprara,      ←
e porque as nom achou ali u as deitara,      ←
       irado'los há el-rei.      ←



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Nota geral:

Sátira a três cavaleiros, subtilmente acusados de roubar igrejas, carneiros e bestas de carga. A cantiga não os acusa diretamente, mas dá a entender que é essa a razão da ira do rei ter caído sobre eles. Note-se que o trovador faz aqui referência à instituição medieval chamada ira ou indignatio regis, invocada em certos crimes, para os quais a pena usual consistia em multas, confiscação de bens e desterro.
Acrescente-se que, se a sugestão avançada por Vicente Beltran para a identificação de D. Guilhelm tiver fundamento (vide nora antroponímia), a cantiga poderá ser uma espécie de ajuste de contas familiar.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1554

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1554


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas