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  (linha 22)

Gil Peres Conde


Assi and'eu por serviço que fiz      ←
a senhor que me nom quer fazer bem;       ←
pero senhor é que tod'aquel bem      ←
do mundo [há e] sabe que [lh]i fiz      ←
5serviç'e nom poss'haver seu amor.      ←
Assi and'eu cada dia peor,      ←
porque mi nom faz amor nem mi o diz.      ←
  
 Assi and'eu end'ajudando quem      ←
 mi o nom gradece nem mi o quer cobrar;       ←
10[...................................... cobrar]      ←
posso melhor; e tod'est'hei com quem      ←
fal'eu e digo-lh'as coitas que hei.      ←
Assi and'eu como nunca andei,      ←
e nom mi fala nem dá por mi rem.      ←
  
15Assi and'eu meu tempo perdend'i,      ←
pero tenho que o perço por prez      ←
e por senhor do mundo mais de prez;       ←
perço preç'e tenho que per[den]d' i      ←
 seu conhocer contra mi; e por en      ←
20assi and'eu, que vergonça hei [en]      ←
de lho dizer eu, nem outrem por mim.      ←
  
Assi and'eu atendendo seu bem,      ←
por quanto mal por seu amor sofri.      ←



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Nota geral:

Numa cantiga formalmente requintada, o trovador desespera perante uma senhora indiferente, que não lhe agradece o facto de a servir e o deixa suspenso e sem resposta.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Mestria
Cobras singulares
Dobre: (vv. 1 e 4 de cada estrofe)
fiz (I), quem (II), perdend'i (III); (vv. 2 e 3)
bem (I), cobrar (II), prez (III);
(vv. 1 e 6)
assi and'eu
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1530

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1530


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas