Antroponímia referida na cantiga:
  (linha 4)

Vasco Peres Pardal


De qual engano prendemos      ←
aqui, nom sab'el-rei parte:      ←
como leva quant'havemos      ←
de nós Balteira per arte;      ←
5ca x'é mui mal engan[ad]o,      ←
se lh'alguém nom dá conselho,      ←
 o que tem cono mercado,      ←
se lhi por el dam folhelho.      ←
  
Balteira, como vos digo,      ←
10nos engana tod'est'ano      ←
 e nom há mesura sigo;      ←
mais, par fé, sem mal engano,      ←
nom terria por guisada      ←
cousa - se el-rei quisesse -      ←
15de molher cono nem nada      ←
vender, se o nom houvesse.      ←
  
E somos mal enganados      ←
todos desta merchandia      ←
e nunca imos vingados;      ←
20mais mande Santa Maria      ←
que prenda i mal joguete      ←
o d'Ambrõa, que a fode,      ←
e ela, porque pormete      ←
cono, poilo dar nom pode.      ←



 ----- Aumentar letra ----- Diminuir letra

Nota geral:

Jocosa queixa contra a soldadeira Maria Balteira, que enganaria tudo e todos com falsas promessas. É muito curiosa a referência final à exceção que constituiria Pero d´Ambroa, e que confirma que entre ambos teria havido uma ligação mais do que ocasional, como algumas cantigas do próprio Pero d´Ambroa dão a entender.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Mestria
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1506

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1506


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas