Antroponímia referida na cantiga:
  (linha 1)

João Airas de Santiago


Dizem que ora chegou Dom Beeito,      ←
muit[o] alegre, pera sa molher,      ←
 com sas merchandias de Mompiler;      ←
mais dizer-vos quer'ora um preito:      ←
 5já Deus nom me leixe entrar sobre mar      ←
se, polo custo, queria filhar      ←
 o mercado que el [há] algur feito.      ←
  
E por um destes nossos miradoiros      ←
veo aqui, bem guisado, esta vez,      ←
10com sas merchandias que alá fez;      ←
mais dizem que houve maos agoiros      ←
 e ar dizem que mercou atam mal,      ←
  que nunca end'haverá seu cadal,      ←
   ca se lhi danarom mui mal os coiros.      ←



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Nota geral:

Dirigidas a um tal D. Beito, mercador (provavelmente de couros1), esta e as duas cantigas seguintes são de entendimento um tanto difícil, por nos faltarem dados sobre o seu contexto. Elas parecem, no entanto, relacionar-se com uma qualquer relação do trovador com a mulher do mercador, durante a sua ausência. Nesta primeira composição vemos o mercador regressar de uma bem sucedida viagem de negócios a Montpellier, não suspeitando doutros "negócios" feitos na sua ausência.

Referências

1 Rodríguez, José Luís (1980), "El cancioneiro de Joan Airas de Santiago. Edition y estudio", Verba, Anexo 12, Vigo.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Mestria
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1463, V 1073

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1463

Cancioneiro da Vaticana - V 1073


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas