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  (linha 9)

João Baveca


 Maior Garcia sempr'oi[u] dizer      ←
por quem quer que [se] podesse guisar      ←
de sa mort'e se bem maenfestar,      ←
que nom podia perdudo seer;      ←
5e ela diz, por se de mal partir,      ←
que, enquant'houver per que o comprir,      ←
que nom quer já sem clérigo viver.      ←
  
 Ca diz que nom sab'u x'há de morrer,      ←
 e por aquesto se quer trabalhar,      ←
 10a como quer, de se desto pagar;      ←
e diz que há bem per u o fazer      ←
con'o que tem de seu, se d'alhur nom:      ←
dous ou três clérigos, um a sazom,      ←
[pode mui bem consigo sempr'haver].      ←
  
15E Maior Garcia, por nom perder      ←
sua alma, quando esto oiu, foi buscar      ←
clérigo e nom s'atreveu albergar      ←
[tam senlheira u quer que há viver];      ←
e já três clérigos pagados tem,      ←
20que, sem um deles, sabede vós bem      ←
que a nom pode a morte tolher.      ←



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Nota geral:

Como Maria Balteira numa outra cantiga, também Maior Garcia achou conveniente, para a salvação da sua alma, ter sempre à mão um clérigo a quem se pudesse confessar. Para maior segurança, aliás, arranjou mesmo três.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Mestria
Cobras uníssonas (rima c singular)
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1455, V 1065

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1455

Cancioneiro da Vaticana - V 1065


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas