Toponímia referida na cantiga:
  (linha 3)

Gonçalo Anes do Vinhal


Nom levava nem dinheiro      ←
 ogan', u houvi passar      ←
  per Campos e quix pousar      ←
em casa d'um cavaleiro      ←
 5que se tem por infançom;      ←
e soltou-m'um cam entom,      ←
e mordeu-mi o seendeiro.      ←
  
Por meu mal, então, senlheiro      ←
houvi ali a chegar      ←
10- que nom chegass'! - a logar      ←
  u [er'] atal fareleiro;      ←
 ca el, se fosse santom,      ←
nom fora ao vergalhom      ←
roxo do meu seendeiro.      ←
  
15Nom vistes peior parado      ←
albergue do que achei      ←
entom, quand'a el cheguei;      ←
nem vistes mais estirado      ←
 home ca fui d'um mastim;      ←
20e fez-mi tal o rocim      ←
 que semelhava lobado.      ←
  
Nom fui eu bem acordado,      ←
 poilo da porta catei      ←
dentro, porque o chamei:      ←
25pôs-mi o gram cam enriçado,      ←
que nunc'a [morder] fez fim,      ←
atá que fez[o] em mim      ←
qual fez no rocim lobado.      ←



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Nota geral:

Típica sátira contra a falta de hospitalidade de um infanção, que, como boas-vindas, solta um enorme cão contra o trovador.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Mestria
Cobras doblas
Palavra(s)-rima: (v. 7 de cada estrofe)
seendeiro (I, II), lobado (III, IV)
(Saber mais)


Fontes manuscritas

V 1002

Cancioneiro da Vaticana - V 1002


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas