Cantiga com provérbio:
De longas vias, longas mentiras
  (linha 1)

Nuno Fernandes Torneol


"De longas vias, mui longas mentiras":
este verv'antig[o] é verdadeiro,
 ca um ric'hom'achei eu mentireiro,
 indo de Valedolide pera Toledo:
 5achei sas mentiras, entrant'a Olmedo,
 e[m] sa repost[e] e seu pousadeiro.
  
Aquestas som as que el enviara,
sem as outras que com el [i] ficarom,
de que paga os que o aguardarom,
10há gram sazom; e demais seus amigos
pagará delas, e seus enmiigos,
ca tal est el, que nunca lhi menguarom,
  
nem minguarám, ca mui bem as barata
de mui gram terra que tem, bem parada,
 15de que lhi nom tolhe nulh'home nada;
[e] gram dereit'é, ca el nunca erra:
dá-lhis mentiras, em paz e em guerra,
a seus cavaleiros, por sa soldada.



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Nota geral:

Sátira um rico-homem que promete e não cumpre, e que parte de um antigo provérbio sobre a mentira, hoje desaparecido.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Mestria
Cobras singulares
Palavra perduda: v. 1 de cada estrofe
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Fontes manuscritas

B 1371, V 979
(C 1371)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1371

Cancioneiro da Vaticana - V 979


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas