Toponímia referida na cantiga:
  (linha 4)

Nuno Fernandes Torneol


"De longas vias, mui longas mentiras":      ←
este verv'antig[o] é verdadeiro,      ←
 ca um ric'hom'achei eu mentireiro,      ←
 indo de Valedolide pera Toledo:      ←
 5achei sas mentiras, entrant'a Olmedo,      ←
 e[m] sa repost[e] e seu pousadeiro.      ←
  
Aquestas som as que el enviara,      ←
sem as outras que com el [i] ficarom,      ←
de que paga os que o aguardarom,      ←
10há gram sazom; e demais seus amigos      ←
pagará delas, e seus enmiigos,      ←
ca tal est el, que nunca lhi menguarom,      ←
  
nem minguarám, ca mui bem as barata      ←
de mui gram terra que tem, bem parada,      ←
 15de que lhi nom tolhe nulh'home nada;      ←
[e] gram dereit'é, ca el nunca erra:      ←
dá-lhis mentiras, em paz e em guerra,      ←
a seus cavaleiros, por sa soldada.      ←



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Nota geral:

Sátira um rico-homem que promete e não cumpre, e que parte de um antigo provérbio sobre a mentira, hoje desaparecido.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Mestria
Cobras singulares
Palavra perduda: v. 1 de cada estrofe
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1371, V 979
(C 1371)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1371

Cancioneiro da Vaticana - V 979


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas