| | | Estêvão da Guarda |
|  | | | A molher d'Alvar Rodriguiz tomou |  | | | tal queixume quando s'el foi daquém |  | | | e a leixou que, por mal nem por bem, |  | | | des que veo, nunca s'a el chegou | | 5 | | nem quer chegar, se del certa nom é, |  | | | jurando-lhe ante que, a bõa fé, |  | | | nõn'a er leixe como a leixou. | |  | | | E o cativo, per poder que há, |  | | | nõn'a pode desta seita partir, |  | 10 | | nem per meaças nem pela ferir, | | | | ela por en nẽũa rem nom dá; |  | | | mais, se a quer desta sanha tirar, | | | | a bõa fé lhe convém a jurar | | | | que a nom leixe em nẽum tempo já. |
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| Nota geral: Continuando as duas cantigas precedentes, agora é a mulher de Álvaro Rodrigues que, desgostosa pelo abandono a que foi votada, se recusa a "chegar-se a ele". A composição tem uma relação temática evidente com a cantiga que a antecede imediatamente nos manuscritos, já que ambas se relacionam com a partida de Álvaro Rodrigues para Além-mar. É, todavia, difícil ordená-las com rigor numa sequência narrativa, não sendo impossível que a presente cantiga faça referência a um momento cronologicamente anterior. É provável ainda que a composição esteja incompleta.
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Nota geral
Descrição
Cantiga de Escárnio e maldizer Mestria Cobras singulares (Saber mais)
Fontes manuscritas
B 1302, V 907 
Versões musicais
Originais
Desconhecidas
Contrafactum
Desconhecidas
Composição/Recriação moderna
Desconhecidas
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