Antroponímia referida na cantiga:
  (linha 4)

Estêvão da Guarda


A um corretor que vi      ←
vender panos, que conhoci,      ←
com penas veiras, diss'assi:      ←
- Da molher som de Dom Foam.      ←
5E disse-m'el: - Vendem quant'ham,      ←
el e aquesta sa molher:      ←
       ham-no mester, ham-no mester!      ←
  
E diss'eu: - Ficará em cós      ←
 sem estes panos do ver grós;      ←
 10mais pois que os tragedes vós      ←
a vender e par seu talam?      ←
E disse-m'el: - Sei eu, de pram,      ←
per ela, quanto vos disser:      ←
       ham-no mester, ham-no mester!      ←
  
15E diss'eu: - Grav'é de creer      ←
 que eles, com mêngua d'haver,      ←
mandem taes panos vender,      ←
por quam pouco por eles dam.      ←
E disse-m'el: - Per com'estam,      ←
20el e aquesta sa molher,      ←
       ham-no mester, ham-no mester!      ←



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Nota geral:

Retrato de um casal em apuros de dinheiro, obrigado a vender ao desbarato as suas roupas com peles, mesmo se já muito usadas. A cantiga desenvolve-se a partir de um jocoso diálogo entre o trovador e um intermediário desta venda.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Refrão
Cobras singulares (rima b uníssona)
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1300, V 904
(C 1300)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1300

Cancioneiro da Vaticana - V 904


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas