Toponímia referida na cantiga:
  (linha 4)

Fernando Esquio


   - Que adubastes, amigo, alá em Lug'u andastes,      ←
ou qual é essa fremosa de que vos vós namorastes?      ←
- Direi-vo-lo eu, senhora, pois m'en tam bem preguntastes:      ←
       o amor que eu levei de Santiago a Lugo,      ←
 5       esse me aduga e esse mi adugo.      ←
  
- Que adubastes, amigo, u tardastes noutro dia,      ←
ou qual é essa fremosa que vos tam bem parecia?      ←
 - Direi-vo-lo [eu], senhora, pois i tomastes perfia:      ←
       o amor que eu levei de Santiago a Lugo,      ←
10       esse me aduga e esse mi adugo.      ←
  
- Que adubastes, amigo, lá u havedes tardado,      ←
ou qual é essa fremosa de que sodes namorado?      ←
- Direi-vo-lo eu, senhora, pois me havedes preguntado:      ←
       o amor que eu levei de Santiago a Lugo,      ←
15       esse m aduga e esse mi adugo.      ←



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Nota geral:

Num diálogo pleno de subentendidos, a moça provoca o seu amigo, perguntando-lhe por que se demorou tanto em Lugo. Terão sido amores? E quem é a tal beldade? Na resposta, o amigo, também indiretamente, reafirma a sua fidelidade: o amor que levou à partida de Santiago de Compostela é o mesmo que o guia e que o fez regressar.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão, dialogada
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1299, V 903

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1299

Cancioneiro da Vaticana - V 903


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas