Martim de Ginzo


A do mui bom parecer
mandou lo adufe tanger:
       "Louçana, d'amores moir'eu".
  
A do mui bom semelhar
5mandou lo adufe sonar;
       "Louçana, d'amores moir'eu".
  
Mandou lo adufe tanger
e nom lhi davam lezer:
       "Louçana, d'amores moir'eu".
  
10Mandou lo adufe sonar
[e] nom lhi davam vagar:
       "Louçana, d'amores moir'eu".



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Nota geral:

A moça formosa mandou tocar o adufe (espécie de pandeiro), e não lhe davam descanso: os que o tocavam e os seus amores.
A cantiga seria certamente uma bailia (embora o termo não seja usado), e concluiria talvez a série das sete composições de Martim de Ginzo (a Santa Cecília, e de romaria, quase todas) que os cancioneiros transcrevem antes dela e que, no seu conjunto, parecem funcionar como um único ciclo (de oito cantigas).



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão e Paralelística
Cobras alternadas
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1277, V 883

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1277

Cancioneiro da Vaticana - V 883


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

A do mui bom parecer      versão audio disponível

Versão de Paulina Ceremużyńska

A do mui bom parecer      versão audio disponível

Versão de Ai! & Dazkarieh

Composição/Recriação moderna

Cantar d’amigo (Cantares: op. 28, nº 4-4)      versão audio disponível

Versão de Cláudio Carneyro

Louçana d’amores moir’eu  

Versão de Frederico de Freitas

Louçana, d’amores moir’eu       versão audio disponível

Versão de Pedro Barroso