Martim de Ginzo


Ai vertudes de Santa Cecília,
que sanhudo que se foi um dia
       o meu amigo; e tem-se por morto
        e, se s'assanha, nom faz i torto
5       o meu amigo, e tem-se por morto.
  
Ai vertudes de santa ermida,
com gram pesar fez aquesta ida
       o meu amigo; e tem-se por morto
       e, se s'assanha, nom faz i torto
10       o meu amigo, e tem-se por morto.



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Nota geral:

A donzela relata que o seu amigo se foi embora muito zangado e em vias de morrer, e com toda a razão, já que fez uma viagem inútil. Embora não seja totalmente explícito, a donzela refere-se certamente ao facto de ela não ter podido ir ao seu encontro na ermida de Santa Cecília (situação anunciada nas cantigas anteriores).
Note-se que ao invocar as virtudes de Santa Cecília ela está ao mesmo tempo a rezar à santa para que a zanga do amigo não tenha consequências.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 1274, V 880

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1274

Cancioneiro da Vaticana - V 880


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas