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  (linha 16)

Lourenço


- Ir-vos queredes, amigo,      ←
 mais viinde-vos mui cedo.      ←
- Ai mia senhor, hei gram medo      ←
de tardar, bem vo-lo digo:      ←
 5       ca nunca tam cedo verrei      ←
       que eu nom cuide que muito tardei.      ←
  
- Amigo, rogo-vos aqui      ←
que mui cedo vos venhades.      ←
- Senhor, por que me rogades?      ←
10Ca sei bem que será assi:      ←
       ca nunca tam cedo verrei      ←
       que eu nom cuide que muito tardei.      ←
  
- Amigo, vossa prol será,      ←
pois vos ides, de nom tardar.      ←
15- Senhor, que prol mi há de jurar?      ←
Ca sei bem quanto mi averrá:      ←
       ca nunca tam cedo verrei      ←
       que eu nom cuide que muito tardei.      ←
  
E, senhor, sempre cuidarei      ←
20que tardo muito; e que farei?      ←
  
- Meu amigo, eu vo-lo direi:      ←
se assi for, gracir-vo-lo-ei.      ←



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Nota geral:

Num momento de partida, e respondendo à sua senhora, que lhe pede para regressar o mais depressa que puder, o trovador duvida que isso seja possível: mas só porque, por mais depressa que regresse, sempre lhe parecerá que muito demorou. Não podendo evitar esta sensação, ele pergunta-lhe então o que fará. E a senhora responde-lhe que, se é assim, só lhe pode agradecer.
Uma das cantigas de amor de Lourenço parece dar sequência a este diálogo.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão, Dialogada
Cobras singulares
Finda (2)
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1260, V 865
(C 1260)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1260

Cancioneiro da Vaticana - V 865


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas