Galisteu Fernandes


Meu amigo sei ca se foi daqui
trist', amiga[s], porque m'ante nom viu,
e nunca mais depois el ar dormiu,
nem eu, amiga[s], des que o nom vi,
5       nunca depois dormi, per bõa fé,
       des que s'el foi, porque nom sei que é
  
del, amigas, e agora serei
morta porque o nom posso saber,
nem mi sab'hoje nulh'home dizer
10o que del est, e mais vos en direi:
       nunca depois dormi, per bõa fé,
       des que s'el foi, porque nom sei que é
  
del, amigas, e and'ora por en
tam triste que me nom sei conselhar,
15nem mi sab'home hoje recado dar
 se verrá ced', e mais vos direi en:
       nunca depois dormi, per bõa fé,
       des que s'el foi, porque nom sei que é
  
del, amigas, e se el coitad'é
 20por mi com'eu por el, per bõa fé.



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Nota geral:

Pois seu amigo partiu sem a ver e sem se despedir, a moça sabe que ele ia triste. Mas a tristeza é comum aos dois: também ela nunca mais conseguiu dormir, inquietando-se porque não sabe nada dele, nem ninguém lhe dá notícias.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
Ateúda atá finda
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1257, V 862

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1257

Cancioneiro da Vaticana - V 862


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas