João Baveca


Madr', o que sei que mi quer mui gram bem
e que sempre fez quanto lh'eu mandei
 e nunca lhi desto galardom dei,
mia madre, vem, e el quer já morrer
 5por mi d'amor, e, se vos prouguer en,
       vós catad'i o que devo fazer.
  
  Ca nom pode guarir, se per mim nom,
ca o am'eu, e el, des que me viu,
[a]quanto pôd'e soube, me serviu;
10mais, pois lh'eu poss'atal coita valer
come de morte, se Deus vos perdom,
       vós catad'i o que devo fazer.
  
Ca del morrer, madre, per bõa fé,
mi pesaria quanto mi pesar
15mais podesse, ca em todo logar
me serviu sempr'a todo seu poder;
e, pois veedes com'este preit'é,
       vós catad'i o que devo fazer.



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Nota geral:

A donzela, elogiando o seu amigo e confessando que o amor dos dois é mútuo, pede conselho à sua mãe sobre o que deverá fazer para que ele não sofra, agora que sabe que ele a vem ver.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1232, V 837

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1232

Cancioneiro da Vaticana - V 837


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas