Toponímia referida na cantiga:
  (linha 18)

Nuno Trez


Des quando vos fostes daqui,      ←
meu amigo, sem meu prazer,      ←
 houv'eu tam gram coita des i      ←
qual vos ora quero dizer:      ←
5       que nom fezerom des entom      ←
       os meus olhos, se chorar nom,      ←
       nem ar quis o meu coraçom      ←
       que fezessem, se chorar nom.      ←
  
E des que m'eu sem vós achei,      ←
 10sol nom me soub'i conselhar      ←
e mui triste por en fiquei      ←
e com coita grand'e pesar,      ←
       que nom fezerom des entom      ←
       os meus olhos, se chorar nom,      ←
15       nem ar quis o meu coraçom      ←
       que fezessem, se chorar nom.      ←
  
E fui eu fazer oraçom      ←
a Sam Clemenç'e nom vos vi      ←
e bem des aquela sazom,      ←
20meu amigo, avẽo-m'assi:      ←
       que nom fezerom des entom      ←
       os meus olhos, se chorar nom,      ←
       nem ar quis o meu coraçom      ←
       que fezessem, se chorar nom.      ←



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Nota geral:

A moça diz ao seu amigo que, desde que ele partiu, nunca mais deixou de chorar. De resto, foi rezar à ermida de S. Clemenço, para ver se o via, mas não o encontrou.
Esta ermida de S. Clemenço é referida em todas as cantigas de Nuno Trez que nos chegaram, e que deveriam constituir um ciclo, tendo por cenário esta santuário na ria de Pontevedra.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1200, V 805
(C 1200)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1200

Cancioneiro da Vaticana - V 805


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas