Rui Martins do Casal


Rogo-te, ai Amor, que queiras migo morar
tod'este [te]mpo enquanto vai andar
       a Granada meu amigo.
  
Rogo-te, ai Amor, que queiras migo seer
5tod'este tempo enquanto vai viver
       a Granada meu amigo.
  
Tod'este tempo enquanto vai andar
lidar com Mouros e muitos matar
       a Granada meu amigo.
  
10Tod'este tempo em quanto vai viver
lidar com Mouros [e] muitos prender
       a Granada meu amigo.



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Nota geral:

A moça pede ao Amor que permaneça ao seu lado enquanto a seu amigo vai lutar com os mouros em Granada.
A cantiga datará provavelmente da década de 1260, aquando da revolta dos mudejares de Granada, um dos momentos críticos do reinado de Afonso X. A cantiga seguinte prolonga o tema, mas aí referindo já o regresso do amigo.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão e Paralelística
Cobras alternadas
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Fontes manuscritas

B 1162, V 765

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1162

Cancioneiro da Vaticana - V 765


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Rógote ai amor      versão audio disponível

Versão de Carlos Villanueva, In Itinere: Grupo Universitário de Câmara de Compostela

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas