Cantiga referida em nota (linha 12)
| | | | | | João Zorro |
| | | | Pela ribeira do rio salido | | | | trebelhei, madre, com meu amigo; | | | | amor hei migo, | | | | que nom houvesse; | | 5 | | fiz por amig'o | | | | que nom fezesse. | | | | | Pela ribeira do rio levado | | | | trebelhei, madre, com meu amado; | | | | amor hei migo, | | 10 | | que nom houvesse; | | | | fiz por amig'o | | | | que nom fezesse. |
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| Nota geral: Pela ordem dos manuscritos, esta é a última cantiga do notável ciclo das "barcas novas" de João Zorro. Em termos da "narrativa" que as cantigas desenvolvem, é possível que fosse efetivamente a última. Dirigindo-se à mãe, a voz feminina da donzela utiliza o pretérito perfeito, contando o que se passou entre ela e o seu amigo na ribeira do grande rio. A cantiga assenta no significativo verbo trebelhar, que significava jogar, brincar (mas quase sempre em sentido sexual). Deste modo, o seu longo e belo refrão, não sendo explícito, será fácil de entender.
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Nota geral
Descrição
Cantiga de Amigo Refrão e Paralelística Cobras singulares (Saber mais)
Fontes manuscritas
B 1158, V 760
Versões musicais
Originais
Desconhecidas
Contrafactum
Desconhecidas
Composição/Recriação moderna
Desconhecidas
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