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  (linha 12)

João Servando


Filha, o que queredes bem      ←
partiu-s'agora daquém      ←
e nom vos quiso veer;      ←
       e ides vós bem querer      ←
5       a quem vos nom quer veer?      ←
  
Filha, que mal baratades,      ←
que o sem meu grad'amades,      ←
pois que vos nom quer veer;      ←
       e ides vós bem querer      ←
10       a quem vos nom quer veer?      ←
  
Por esto lhi quer'eu mal,      ←
mia filha, e nom por al,      ←
porque vos nom quis veer;      ←
       e ides vós bem querer      ←
15       a quem vos nom quer ver?      ←
  
Andades por el chorando      ←
e foi ora a Sam Servando      ←
e nom vos quiso veer;      ←
       e ides vós bem querer      ←
20       a quem vos nom quer veer?      ←



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Nota geral:

Dirigindo-se à filha, a mãe comenta o facto de o seu amigo ter ido à ermida de S, Servando e não a ter ido ver: como pode ela amar uma pessoa assim? É sobretudo por ele agir desta forma, acrescenta, que ela não gosta dele e acha muito errado a donzela, contrariando-a, teimar no seu amor e andar a chorar pelos cantos.
A cantiga fará parte de um grupo mais alargado de cantigas de amigo (ou ciclo) onde o trovador alude a esta relação triangular, uma delas, na voz da donzela, exatamente sobre esta mesma situação.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
Palavra(s)-rima: (v. 3 de cada estrofe)
veer
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1143bis, V 746

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1143bis

Cancioneiro da Vaticana - V 746


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas