João Servando


Triste and'eu, velida, e bem vo-lo digo,
porque mi nom leixam veer meu amigo;
       podem-m'agora guardar,
       mais nom me partirám de o amar.
  
 5Pero me ferirom por el noutro dia,
 fui a Sam Servando, se o ve[e]ria;
       podem-m'agora guardar,
       mais nom me partirám de o amar.
  
E, pero me guardam, que o [eu] nom veja,
 10esto nom pode seer per rem que seja;
       podem-m'agora guardar,
       mais nom me partirám de o amar.
  
Muito me podem guardar,
e nom me partirám d[e] o amar.



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Nota geral:

A donzela exprime a sua tristeza por a impedirem de ver o seu amigo (como noutras cantigas, a referência dirá respeito a sua mãe), jurando que, se a podem prender em casa, não poderão nunca fazer com que ela deixe de o amar. De resto, embora lhe batessem, ela foi mesmo, dias antes, até à ermida de S. Servando ver se o via.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1149bis, V 742

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1149bis

Cancioneiro da Vaticana - V 742


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas