Pero de Armea


Senhor fremosa, nom pod'hom'osmar
quam muito bem vos quiso Deus fazer
e quam fremosa vos fezo nacer,
quam bem vos fez parecer e falar;
5se Deus mi valha, nom poss'eu achar
       quem vosso bem todo possa dizer.
  
 Pero punho sempre de preguntar
por en, nunca me podem entender
o mui gram bem que vos eu sei querer,
 10nen'o sabor d'oir em vós falar,
per bõa fé; pero nom poss'achar
       quem vosso bem todo possa dizer.
  
Se per ventura vej'eu apartar
os que eu sei que vos podem veer,
15o que dizem moiro por aprender,
ca moiro por oir de vós falar;
e com tod'esto nom poss'eu achar
       quem vosso bem todo possa dizer.



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Nota geral:

Dirigindo-se à sua senhora formosa, o poeta diz-lhe que as suas qualidades são tantas que nenhum elogio lhe poderá fazer inteira justiça. E sempre ele procura, ainda que de forma discreta, saber informações a seu respeito, nomeadamente junto dos que estiveram na sua presença, só para ter o prazer de ouvir falar dela.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras uníssonas
Palavra(s)-rima: (v. 4 de cada estrofe)
falar
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1087/88, V 679

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1087/88

Cancioneiro da Vaticana - V 679


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas