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  (linha 16)

Pero de Armea


Cuidades vós que mi faz a mi Deus      ←
 por outra rem tam muito desejar      ←
aquesta dona, que me faz amar,      ←
senom por mal de mi e destes meus      ←
5       olhos e por me fazer entender      ←
       qual é a mui gram coita de sofrer?      ←
  
E nom mi os fui os seus olhos mostrar      ←
Deus, nem mi a fez[o] filhar por senhor      ←
senom porque houv[e] El gram sabor      ←
10[de] que sofr'eu, com estes meus, pesar,      ←
       olhos e por me fazer entender      ←
       qual é a mui gram coita de sofrer.      ←
  
E vi eu os seus olhos por meu mal      ←
e o seu mui fremoso parecer      ←
15e por meu mal mi a fezo Deus veer      ←
 entom daquestes meus, ca nom por al,      ←
       olhos e por me fazer entender      ←
       qual é a mui gram coita de sofrer.      ←



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Nota geral:

O poeta considera que Deus o fez ver os formosos olhos da sua senhora apenas para lhe mostrar o que é sofrer.
Começando com uma pergunta retórica que ocupa toda a primeira estrofe (dirigida a um público genérico), a cantiga singulariza-se ainda pela alteração à normal ordem sintática que ocorre em torno do termo olhos na segunda e terceira estrofes.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1080, V 672

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1080

Cancioneiro da Vaticana - V 672


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas