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Martim Peres Alvim


Senhor fremosa, que de coraçom      ←
vos servi sempr'e sérvi'e servirei,      ←
por muito mal que eu lev'e levei      ←
por vós, tenh'eu que seria razom      ←
5       de mi fazerdes haver algum bem      ←
       de vós, senhor, por quanto mal mi vem.      ←
  
 Do vosso talh'e do vosso catar      ←
muit'aposto vem a mim muito mal;      ←
e pois de vós nunca pud'haver al,      ←
10razom seria já, a meu cuidar,      ←
       de mi fazerdes haver algum bem      ←
       de vós, senhor, por quanto mal mi vem.      ←
  
E a mesura que vos quis dar Deus      ←
e mui bom talh'e mui bom parecer      ←
15[som meu gram mal]; por mi a morte tolher,      ←
temp'era já, lume dos olhos meus,      ←
       de mi fazerdes haver algum bem      ←
       de vós, senhor, por quanto mal mi vem.      ←



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Nota geral:

O trovador diz à sua senhora que, pelo serviço que lhe prestou, presta e prestará, já seria tempo de ela o favorecer em alguma coisa, assim o compensando pelo mal que lhe faz. Um mal que lhe vem da sua elegância, do seu belo olhar, da sua beleza e da sua perfeita cortesia. E assim, para evitar que ele morra, algum bem lhe deveria fazer.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 1057, V 647

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1057

Cancioneiro da Vaticana - V 647


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas