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  (linha 6)

Martim Peres Alvim


Senhor, nom poss'eu já per nulha rem      ←
os meus olhos desses vossos partir;      ←
e, pois assi é que agora d'ir      ←
ham u vos nom vejam, sei eu mui bem       ←
5       que nom podem os meus olhos veer,      ←
        u vos nom virem, d'al veer prazer.      ←
  
E nom poss'eu [os] meus olhos quitar      ←
desses vossos, que virom por meu mal;      ←
e pero m'end'eu nunca atend'al,      ←
10tal ventura mi quis a mim Deus dar,      ←
       que nom podem os meus olhos veer,      ←
       u vos nom virem, d'al veer prazer.      ←
  
[E] nom poss'eu partir os olhos meus      ←
desses vossos, nen'o meu coraçom      ←
15nunca de vós; e pois, mia senhor,       ←
nom atend'end'al, creed'esto por Deus:      ←
       que nom podem os meus olhos veer,      ←
       u vos nom virem, d'al veer prazer.      ←
  
[E] pois que al nom desejam veer,      ←
20Deus vos lhis mostre ced'a seu prazer.      ←



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Nota geral:

Não podendo tirar os olhos dos olhos da sua senhora, mas tendo de partir para longe dela, o trovador diz-lhe que, deixando de a ver, nunca mais os seus olhos verão qualquer prazer. E termina esperando que Deus lhe permita regressar em breve.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1055, V 645

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1055

Cancioneiro da Vaticana - V 645


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas