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  (linha 6)

Martim Peres Alvim


Dizer-vos quer'a gram coita d'amor      ←
em que vivo, senhor, des que vos vi,      ←
e o gram mal que eu [sofr'e] sofri;      ←
 e d'ũa rem sõo [eu] sabedor:      ←
5       que mi valera mui mais nom veer      ←
       eu vós nem al, quando vos fui veer.      ←
  
 E a mia coita sei que nom há par      ←
antr'as outras coitas que d'amor sei;      ←
e pois meu temp'assi pass'e passei,      ←
10com gram verdade vos posso jurar:      ←
       que mi valera mui mais nom veer      ←
       eu vós nem al, quando vos fui veer.      ←
  
[Sei d]esta coita, que mi a morte tem      ←
tam chegada, que nom lh'hei de guarir,      ←
  15ca nom sei eu logar u lhe fogir;      ←
e por esto podedes creer bem      ←
       que mi valera mui mais nom veer      ←
       eu vós nem al, quando vos fui veer.      ←
  
Ca, se nom vira, podera viver      ←
 20e meor coita ca sofro sofrer.      ←



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Nota geral:

O trovador confessa à sua senhora a sua coita, afirmando, em refrão, que mais lhe teria valido ser cego quando a foi ver.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1054, V 644

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1054

Cancioneiro da Vaticana - V 644


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas