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  (linha 8)

João Airas de Santiago


 O meu amigo, que xi m'assanhou      ←
e que nom quer já comigo falar,      ←
se cuidou el que o foss'eu rogar,      ←
se lh'eu souber que o assi cuidou,      ←
5       farei que em tal coita o tenha      ←
       por mi amor que rogar me venha.      ←
  
E pois que o meu amigo souber      ←
 que lh'esto farei, nom atenderá      ←
que o eu rogue, mais logo verrá      ←
10el rogar a mi e, se end'al fezer,      ←
       farei que em tal coita o tenha      ←
       por mi amor que rogar me venha.      ←
  
Nem haverá meu amigo poder      ←
de nulha sanha filhar contra mi      ←
 15mais que eu nom quiser que seja assi,      ←
ca, se doutra guisa quiser fazer,      ←
       farei que em tal coita o tenha      ←
       por mi amor que rogar me venha.      ←
  



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Nota geral:

Se o seu amigo se zangou com ela e já não lhe quer falar, não pense ele, jura a donzela, que ela lhe vá pedir o que quer que seja - a sua intenção é antes fazê-lo sofrer de tal maneira que será ele a vir-lhe pedir.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1014, V 604

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1014

Cancioneiro da Vaticana - V 604


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas