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Vasco Rodrigues de Calvelo


Porque nom ous'a mia senhor dizer      ←
a mui gram coita do meu coraçom      ←
que hei por ela, se Deus me perdom!,      ←
veed'a coit'em que hei a viver:      ←
5       ond'eu atendo bem, me vem gram mal,      ←
       e quem mi dev'a valer, nom me val.      ←
  
Nom me val ela, que eu sempr'amei,      ←
nem seu amor, que me forçado tem,      ←
 que me tolheu o dormir e o sem.      ←
10Ora veed'a coita que eu hei:      ←
       ond'eu atendo bem, me vem gram mal,      ←
       e quem mi dev'a valer, nom me val.      ←
  
Nem me val Deus, nem me val mia senhor,       ←
nem qual bem lh'eu quero, des que a vi,      ←
15nem meus amigos nom me valem i!      ←
Ai eu cativ'e coitado d'amor!      ←
       ond'eu atendo bem, me vem gram mal,      ←
       e quem mi dev'a valer, nom me val.      ←



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Nota geral:

Pois não ousa confessar o seu amor à sua senhora, o trovador sofre, e nem ela, nem Deus, nem os seus amigos lhe podem valer.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

A 297, B 997, V 586

Cancioneiro da Ajuda - A 297

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 997

Cancioneiro da Vaticana - V 586


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas