João de Gaia Nacionalidade: Portuguesa Notas biográficas: Trovador português, ativo no período final da poesia galego-portuguesa, ou seja, nos finais do século XIII e na primeira metade do século XIV. Referenciado como escudeiro nas rubricas atributivas dos Cancioneiros, João de Gaia está presente no Nobiliário do Conde D. Pedro, que acrescenta ao seu nome e filiação a referência a ter sido mui bom trobador e mui saboroso (LL16C7). Na verdade, João Esteves de Gaia pertencia ainda, por via bastarda, à importante linhagem dos Maia. Filho do clérigo Estêvão Anes da Maia e de uma dona de Guimarães, chegou até nós o documento, datado de 1319, pelo qual D. Dinis o legitima, de forma a poder aceder aos bens de seus pais (nomeadamente bens na região de Vila Nova de Gaia, onde terá nascido). Supõe Resende de Oliveira1 que se terá juntado à corte de D. Dinis nos anos finais do século XIII, eventualmente como vassalo de um dos magnates que se mantiveram ao lado do monarca na luta contra o infante herdeiro D. Afonso. Desconhece-se a data da sua morte, que, a julgar pelas suas composições datáveis, poderá ter ocorrido por volta de 1330. Referências 1 Oliveira, António Resende de (1994), Depois do espectáculo trovadoresco. A estrutura dos cancioneiros peninsulares e as recolhas dos séculos XIII e XIV, Lisboa, Edições Colibri. |
Ler todas as cantigas (por ordem dos cancioneiros) Cantigas (por ordem alfabética): Come asno no mercado Cantiga de Escárnio e maldizer Eu convidei um prelado a jantar, se bem me venha Cantiga de Escárnio e maldizer Meus amigos, pois me Deus foi mostrar Cantiga de Amor Se eu, amigos, u é mia senhor Cantiga de Amor Vej'eu mui bem que por amor Cantiga de Amor Vosso pai na rua Cantiga de Escárnio e maldizer Autoria duvidosa: Em gram coita vivo, senhor Cantiga de Amor |