Gonçalo Anes do Vinhal Nacionalidade: Portuguesa Notas biográficas:
Trovador português, mas cuja carreira se desenrolou maioritariamente em Castela, e num claro percurso de ascensão social, D. Gonçalo Anes, quarto senhor do Vinhal, terá nascido na segunda década do século XIII, na região entre Felgueiras e Celorico de Basto. Não sabemos a data exata da sua saída de Portugal, nem os motivos (os quais, como os de tantos outros cavaleiros portugueses que rumaram a Castela nessa época, poderão relacionar-se com a crescente tensão em torno de Sancho II), mas, em 1243 está já atestado como tenente de Helin e de Isso, na região de Múrcia, em cuja conquista certamente participou, ao lado do infante Afonso (futuro Afonso X), de quem, a partir destes anos, parece ter sido muito próximo. Com ele participa igualmente na conquista de Sevilha, cinco anos depois, sendo largamente beneficiado no seu repartimento. É possível que tenha regressado por algum tempo a Portugal (onde terá permanecido até 1256, como supõe Resende de Oliveira1), já que por esta época a vila de Moimenta da Beira é-lhe doada por Afonso III. Referências 1 Oliveira, António Resende de (1994), Depois do espectáculo trovadoresco. A estrutura dos cancioneiros peninsulares e as recolhas dos séculos XIII e XIV, Lisboa, Edições Colibri. |
Ler todas as cantigas (por ordem dos cancioneiros) Cantigas (por ordem alfabética): Abadessa, Nostro Senhor Cantiga de Escárnio e maldizer Amiga, por Deus, vos venh'ora rogar Cantiga de Amigo Amigas, eu oí dizer Cantiga de Escárnio e maldizer Em gram coita andáramos com el-rei Cantiga de Escárnio e maldizer Maestre, tôdolos vossos cantares Cantiga de Escárnio e maldizer Meu amig'é daquend'ido Cantiga de Amigo Nom levava nem dinheiro Cantiga de Escárnio e maldizer O meu amigo queixa-se de mi Cantiga de Amigo O meu amigo, que me quer gram bem Cantiga de Amigo Par Deus, amiga, quant'eu receei Cantiga de Amigo Pero d'Ambroa, sempr'oí cantar Cantiga de Escárnio e maldizer Pero Fernándiz, home de barnage Cantiga de Escárnio e maldizer Quand'eu sobi nas torres sôbe'lo mar Cantiga de Amigo Quantos mal ham, se quere[m] guarecer Cantiga de Escárnio e maldizer Que leda que hoj'eu sejo Cantiga de Amigo Sei eu, donas, que deitad'é daqui Cantiga de Escárnio e maldizer Ũa dona foi de pram Cantiga de Escárnio e maldizer |