Rui Gomes, o Freire
Trovador medieval


Nacionalidade: Galega?

Notas biográficas:

Trovador português ou galego, ativo nas primeiras décadas do século XIII, ou seja, na fase inicial da poesia galego-portuguesa. A designação "o Freire" que acompanha o seu nome na rubrica atributiva das suas composições indicará certamente que pertenceu a uma ordem militar. Analisando a colocação dessas duas cantigas nos apógrafos italianos, e que aponta para a cronologia indicada, sugere Resende de Oliveira1 que poderá tratar-se do Rodrigo Gomes, freire, que testemunha, em 1215, uma doação ao mosteiro de Alcobaça da infanta Mafalda, filha de D. Sancho I (que, nesse ano, se casa com Henrique I de Castela). Adianta José António Souto Cabo2 que é enquanto membro do séquito do mestre de Calatrava, Gonçalo Anes da Nóvoa (irmão do trovador Osoiro Anes) que Rui Gomes assina esse documento, o que parece pressupor que pertencia à Ordem de Calatrava e que a sua nacionalidade seria galega. Não possuímos, no entanto, qualquer outra informação sobre este autor.


Referências

1 Oliveira, António Resende de (1994), Depois do espectáculo trovadoresco. A estrutura dos cancioneiros peninsulares e as recolhas dos séculos XIII e XIV, Lisboa, Edições Colibri.

2 Souto Cabo, José António (2012), Os cavaleiros que fizeram as cantigas. Aproximação às origens socioculturais da lírica galego-portuguesa, Niterói, Editora UFF, 115.
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Oimais nom sei eu, mia senhor
Cantiga de Amor

Pois eu d'atal ventura, mia senhor
Cantiga de Amor