Fernão Padrom
Trovador medieval


Nacionalidade: Galega

Notas biográficas:

Trovador muito provavelmente natural da Galiza, onde o apelido está documentado numa linhagem de cavaleiros, por certo originários da localidade de Padrón (a sudoeste de Santiago de Compostela). A sua biografia permanece ainda algo obscura. Um Fernão Pais Padrom aparece na documentação do mosteiro de Tojos Outos entre 1164 e 1178, possivelmente o mesmo que surge como testemunha numa escritura (1175) de que é titular Fernando Ponce o Menor, tio de João Velaz, e ao lado doutros aristocratas relacionados familiarmente com trovadores da primeira geração1. Um domni Fernandi Pelagii dicti Padrom, igualmente presente num outro documento de Tojo Outos, mas este de 1217, poderá ser o mesmo (neste caso, a referência seria ao proprietário em questão, já falecido), ou um seu filho.
Seja como for, tendo em conta a situação de Fernão Padrom na tradição manuscrita, que aponta para uma atividade nas primeiras décadas do século XIII, podemos pensar que o poeta foi filho (ou neto?) do Fernando Pais Padrão mais antigo, e, nesse sentido, membro de uma importante linhagem galega relacionada com outras estirpes que participaram no trovadorismo.
Acrescente-se que uma Elvira Padrõa é ainda referida na cantiga que João Romeu do Lugo dirige ao trovador Lopo Lias. Desconhecemos a sua relação com Fernão Padrom, mas é possível que fossem familiares.


Referências

1 Souto Cabo, José António (2012), Os cavaleiros que fizeram as cantigas. Aproximação às origens socioculturais da lírica galego-portuguesa, Niterói, Editora UFF, 45.
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Nulh'home nom pode saber
Cantiga de Amor

Os meus olhos, que mia senhor
Cantiga de Amor

Se vos prouguess', Amor, bem me devia
Cantiga de Amor