Martim Peres Alvim
Trovador medieval


Nacionalidade: Portuguesa

Notas biográficas:

Trovador português, ativo nos finais do século XIII e primeiras décadas do século XIV. Filho de Pero Soares Alvim e, portanto, meio-irmão do trovador João Lobeira, deverá ter nascido por meados do século XIII, uma vez que o seu filho João Peres já é referido como escudeiro em 12851. O seu casamento com Margarida Peres Ribeiro, filha de Pero Afonso Ribeiro, figura influente na corte de D. Dinis, deverá ter ocorrido, pois, por volta de 1270. Documentado a partir de 1288, encontramo-lo, no ano seguinte, na corte de Sancho IV de Castela, onde terá permanecido por um período difícil de determinar. Em 1299, no entanto, está novamente em Portugal. Mas é sobretudo a partir de 1308 que a sua presença na corte de D. Dinis se torna mais permanente, como vassalo do infante herdeiro D. Afonso (futuro Afonso IV), sendo nessa qualidade que, nessa data, vai a Aragão, tratar do segundo casamento de D. Pedro, filho bastardo de D. Dinis e futuro Conde de Barcelos. A sua ligação ao infante Afonso parece ter-se mantido, mesmo durante os anos do conflito entre o infante e o monarca (1319-1324), sendo mesmo um dos confirmantes do documento através do qual, em 1320, D. Afonso responde ao manifesto de seu pai, relativo ao avolumar da crise. Entre 1322 e 1324, desempenha o cargo de alcaide de Coimbra, cidade que pertencia também ao senhorio do infante. O último documento em que aparece é um codicilo ao seu testamento, datado de 1327, mas é possível que tenha vivido ainda alguns anos, já que o Nobiliário do Conde D. Pedro indica um seu segundo casamento, certamente já em idade avançada, com Maria Mendes Petite, viúva do trovador Estêvão Coelho, o que só poderá ter acontecido depois da morte deste, talvez em 1330. Acrescente-se, como pormenor curioso, que D. Maria era sogra dos dois filhos (filho e filha) do primeiro casamento de Martim Peres. Pizarro, que fornece estes dados, indica como data provável da morte do trovador o ano de 1334.


Referências

1 Pizarro, José Augusto (1999), Linhagens medievais portuguesas: genealogias e estratégias 1279-1325, vol. I, Porto, Centro de Estudos de Genealogia, Heráldica e História da Família da Universidade Moderna, p. 560.
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Dizer-vos quer'a gram coita d'amor
Cantiga de Amor

Eu, mia senhor, nom hei poder
Cantiga de Amor

Já m'eu queria leixar de cuidar
Cantiga de Amor

Mais desguisadamente mi vem mal
Cantiga de Amor

Senhor fremosa, que de coraçom
Cantiga de Amor

- Senhor fremosa, si veja prazer
Cantiga de Amor

Senhor, nom poss'eu já per nulha rem
Cantiga de Amor